sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Já lá tamos!

Meus caros viriatos, a batalha foi ganha. Ponham o capacete que lá vamos nós para a nossa velha conhecida África que tanto nos une. As comunidades de Angola e Moçambique rodeiam o país anfitrião, onde residem 400 mil portugueses. Os seleccionados de certo vão sentir-se em casa...




Um ligeiro lamiré, a FIFA anda a dar fífias. Que raio de estádio é aquele???? O relvado? Qual relvado? Relva era pouca. Para o cultivo do rabanete seria excelente, já para futebol...Para não enumerar as várias gotículas salivares desferidas por variadíssimos adeptos bósnios, no interior da sua infraestrutura aeronáutica, dirigidas a uma composição de jogadores de um país amigo regulado pela FIFA. O nosso caríssimo presidente, privado que estava de acomodação na tribuna Vip, não hesitou e foi para a bancada, arriscando-se deste modo a um banano por assistir aos seus. É por estas e por outras que eu gosto mais do PES…

Mas falando do que realmente interessa, de registos que ficam, perduram e fazem a alma de um povo, mais um apuramento que nos coloca, pela quinta vez, no topo do mundo. Em 5 qualificações na história do nosso futebol, a minha pessoa vai poder contemplar pela 3ª vez uma competição deste calibre (magnum 44)... Juntando também os vários europeus disputados, que sendo igualmente festivos lhes falta um toque de tango e samba. Quantos são??? Sem intermitência, não vacila... «Não é dificil estar entre os melhores, complicado é manter-se entre eles e tentar superá-los” já dizia Faustino Piranha, meu amigo de infância.

Somos uma geração realmente deveras afortunada, pelo simples facto de termos algo que fazer em Junho e nos abraçarmos a beber cerveja, sentir que também existimos no sítio de que todos falam…as cores, as pessoas, o país, as gentes pelo mundo, os sonhos, o êxtase máximo do orgulho patriota unido ao sentimento exacerbado da magia do futebol que nos conduz ao paradigma da loucura vivida de lágrimas e sorrisos, consolos e festejos...E como dizia Darwin, uma das características que distingue o homem (em geral e o português em particular) dos demais mamíferos é o gosto pelo futebol.


Desde 2000 que não falhamos (eles que jogam, eu estava em casa…) uma grande competição mundialmente futebolística, aprazme dizer k nunca fomos tão grandes (será do nestum?), talvez no tempo dos descobrimentos, veremos como dobramos o cabo desta vez entre os tubarões mundiais. Naquele tempo sossegámos o adamastor… Bartolomeu Dias mostrou a África do Sul ao mundo, vamos ver a herança florir? No pote 2 é complicado, Mercy Henry!!!

Porrada pode-se dar à vontade num jogo, mas destroçar corações com uma negação do esforço e dedicação de atletas cometendo uma ilegalidade atroz, é feio e tira as pessoas dos estádios. Uma atitude desleal e deselegante, tal como a corrupção ou arbitragem tendenciosa mata o futebol, o espírito… Nunca te perdoei Maradona, vejo-te hoje Henry semear lágrimas entre as crianças irlandesas que deixaram de acreditar nos seus trevos de quatro folhas, não se faz meus caros. Por outro lado, qual Inglês em contramão, endeusa-se Thierry Henry como responsável de um feito heróico a la Maradona (mão de Deus) que seguramente levantou do sofá todos os descendentes de Astérix. É impossível agradar a Gregos e Troianos, que o digam os ucranianos...

Respeitando o protocolo, vários líderes mundiais, e também alguns diplomatas de planetas espalhados por esse universo fora apressaram-se em felicitar os portugueses pelo feito atingido. A mais emotiva, foi certamente, a feita pela comunidade chinesa residente em Portugal, assumindo pelo seu porta-voz Deng Spita Lau Chui que o regozijo atingiu patamares elevadíssimos pela qualificação lusa, disponibilizando já vários modelos de bandeira, soquete, luva e cachecol bordado com oferta de reco-reco verde e vermelho.
Por ultimo uma felicitação enorme para o povo português, podemos não ter emprego, ter o IVA no pico da montanha e o Queiroz como seleccionador, mas vamos estar no Mundial catano!!!





Portugal! Portugal! Portugal!!!
Recebam um abraço,
Jesefino Aurélio Pinto

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