quinta-feira, 23 de abril de 2009

Cidades Portuguesas...

A VILA DE SAMORA CORREIA foi aprovada por unanimidade, em reunião conjunta da CM Benavente e a Assembleia de Freguesia da referida, pelos pareceres necessários à elevação da vila à categoria de cidade. Os documentos foram solicitados pela Comissão Parlamentar do Poder Local e Ordenamento do Território após analisar cinco projectos de lei apresentados pelo PS, PCP, PSD, CDS-PP e pela deputada não inscrita Luísa Mesquita propondo a criação da nova cidade. Nos pareceres das autarquias considera-se que a vila reúne os requisitos formais e materiais e as condições necessárias para ser elevada à categoria de cidade. A elevação deverá acontecer durante o mês de Maio. Apesar de Samora se tratar de uma vila histórica, vista de fora, por um olhar de visitante ou novo morador, não parece reunir quaisquer condições para ser considerada cidade. Não só tem um urbanismo deplorável, com uma planificação assente no aleatório, como ainda carece de higiene pública e preservação dos espaços. A isso se junta a ausência de estruturas qualitativas, a falta de segurança motivada pela precaridade de meios de prevenção, a ausência de recursos de lazer e serviços de qualidade. Mais se junta, a total falta de cultura urbana local, sendo a população de Samora igual às vizinhas de Benavente e Salvaterra, fiéis depositárias de um provincianismo estrutural, sem experiências de modernidade nem abertas às teses de mudança. Ter um carnaval famoso (e por sinal parolo) não chega para Samora ser cidade. Que luso provincianismo.


Mais uma pérola portuguesa, desta feita que nos é trazida pelo João e que serve para temas passados aqui na Tasca...

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